A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou para a imprensa fotos da apreensão de cerca de 400 garrafas de cachaças -todas falsas e prontas para comercialização- que seriam vendidas em cidades dos estados de Minas Gerais, Bahia e São Paulo.
Em Salinas, no norte do estado, cachaças compradas por R$ 5 ou R$ 10 eram vendidas por até R$ 1.000 em grandes mercados de Montes Claros, Belo Horizonte, São Paulo e cidades do sul da Bahia.
O esquema foi descoberto esta semana durante a “Operação Aguardente” e seria comandado por Claudemiro Modesto da Silva, de 50 anos, preso em flagrante na cidade de Salinas. Na casa dele, além das 400 garrafas, estavam mais de mil rótulos das marcas Canarinha, Havana, Indaiazinha, Anísio Santiago e Nova Aliança. Todas essas produzidas em Salinas, e são consideradas as mais caras e sofisticadas do país.
Segundo as investigações, Claudemiro rotulava as cachaças falsas com rótulos fabricados em gráficas de Belo Horizonte e Montes Claros, e depois vendia as cachaças a preços exorbitantes. A Canarinha era vendida por R$ 80 e a Havana por R$ 400. Mas em casas especializadas a Havana saía por até R$ 1.000.
O delegado José Eduardo dos Santos, que está a frente das investigações, disse que as denúncias contra Claudemiro começaram há oito meses e foram feitas por fabricantes dessas cachaças.
A partir de julho os fabricantes de Salinas devem implantar um selo de indicação geográfica que vai atestar que a cachaça é produzida em determinado lugar -isso para combater as falsificações. Na verdade esse selo não estará imune às fraudes, mas vai dificultar e muito o ‘trabalho’ dos falsificadores.
Fonte: Atilalemos
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