A paciência da diretoria do São Paulo com o zagueiro Lúcio está próxima
do fim. Apesar de um discurso conciliador e de apoio ao atleta feito
por João Paulo de Jesus Lopes após a derrota contra o Atlético-MG, o UOL Esporte
apurou que a cúpula do clube decidiu puni-lo com multa e estuda até
mesmo a rescisão do contrato do zagueiro, cujo vínculo vai até o fim de
2014.
O presidente Juvenal Juvêncio ficou irritado ao ver um de seus mais
experientes jogadores ser expulso de maneira justa em um duelo que
estava com o cenário bastante favorável
ao São Paulo, que vencia por 1 a 0. Após o lance, que ocorreu aos 36
minutos do primeiro tempo, o Atlético-MG reagiu e conseguiu a virada
para 2 a 1. O que causou mais irritação foi o primeiro cartão amarelo
recebido pelo camisa 3, por reclamação, após uma dividida na lateral da
área do São Paulo.
Na visão da diretoria, esta é pelo menos a terceira falha grave do
atleta em menos de cinco meses de temporada. A primeira foi o cartão
vermelho no duelo contra o Palmeiras, no Paulistão, quando tentou acertar uma cotovelada no peito de Valdivia. O técnico Ney Franco teve de sacrificar todo seu esquema, tirou Ganso de campo e o jogo acabou empatado em 0 a 0.
O outro erro foi ter criticado publicamente o treinador,
que o substituiu na derrota para o Arsenal de Sarandí por 2 a 1, na
Argentina. Ele deixou o gramado chateado e sequer esperou os
companheiros no vestiário, indo direto para o ônibus. Para piorar sua
situação, na chegada ao Brasil, Lúcio ainda declarou que, "quando deixou o campo, o jogo estava 0 a 0".
Como punição, foi para o banco de reservas e deu lugar a Edson Silva.
Ele só voltou a ser titular às vésperas do confronto que definiu a
classificação do São Paulo na Libertadores, na vitória por 2 a 0 sobre o
Atlético.
No começo de abril, após a derrota para o The Strongest, Juvenal declarou que pensava em mudanças no elenco, que na visão dele ainda não havia engrenado,
diante do alto risco de eliminação precoce na Libertadores, que não se
concretizou. Lúcio pode liderar a onda das mudanças, por ter salário alto, peitar técnico e ter comportamento inadequado dentro de campo.
Publicamente, João Paulo de Jesus Lopes considerou a expulsou do atleta
como 'normal' e descartou a possibilidade de uma punição, dizendo até
mesmo que não conversou com o jogador após a derrota e que isso não
aconteceria. "Não conversei com o Lucio. Essas questões são da comissão
técnica. A diretoria só é acionada se houver desvio de comportamento, o
que não acho que houve. Não cogitamos multa", disse.
O zagueiro tem o salário no teto do clube, ao lado de nomes como
Rogério Ceni e Luis Fabiano. Lúcio ainda forçou o São Paulo a encontrar
parceiros para cumprir regalias prometidas a ele em contrato, como ter
um carro
importado no valor de R$ 500 mil. Desde que voltou ao Brasil, após 13
anos de futebol europeu, ele falou que seu objetivo era retornar à
seleção brasileira, meta que por enquanto ainda não alcançada.
Fonte:UOL
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