quinta-feira, dezembro 5

Idosa morre em piscina de clube


INADVERTIDAMENTE, a mulher entrou pelo portão que dá acesso à área recreativa do clube (detalhe)

IPATINGA – O que era para ser uma festa de aniversário muito especial, com várias gerações reunidas, terminou em tragédia depois que uma idosa se afogou na piscina de um clube no bairro Bom Retiro, na noite de sábado (30). Laurides de Oliveira, 77 anos, de forma ainda inexplicável se distanciou do portão de entrada da festa e passou pela porta que dá acesso à área de recreação, caiu na piscina e se afogou. 
O SAMU foi acionado para prestar socorros, mas quando chegou não houve mais como salvar a mulher, que já havia morrido. Segundo familiares, o portão (ou uma roleta) que dá acesso à área da piscina estava aberto e os refletores apagados. O genro de Laurides, Agnaldo, contou que foi o primeiro a chegar à área de piscinas e ainda tentou em vão socorrer a sogra, lançando-se nas águas.
O genro relatou que chegou ao local da festa acompanhado da esposa, filhos e cunhada. Ainda conforme disse, após parar na portaria do clube todos desceram, ficando ele e a sogra do lado de fora, Nesse momento uma pessoa teria pedido uma ajuda e Agnaldo então saiu e deixou a sogra sozinha no portaria. “Ajudei meu irmão a pegar umas coisas no carro, voltamos rápido, entramos no clube. Chegando lá o neto deu falta da avó. E falei, ‘eu não sei’. Então fui procurá-la e não achei”, disse. 
Conforme relatou ainda Agnaldo, a esposa dele e filha de Laurides chegou a mencionar a possibilidade de a mãe ter ido para a área da piscina, onde os refletores estavam desligados. “Eu tentei entrar pelo portão lateral, mas ele estava fechado. Fui então para a porta do clube, entrei por um portãozinho e na piscina já vi o corpo da minha sogra boiando. Pulei na água do jeito que eu estava e gritando desesperado. Tentamos reanimá-la, mas já não tinha mais jeito”, contou ele, acrescentando que a roleta de acesso à área da piscina estaria aberta. 

Parentes brincavam que Laurides estava “enxergando demais”

O genro de Laurides disse que não entende por que razão a sogra seguiu para um lugar distante de onde ela estava e que dava acesso à área usada para a festa. Há dois meses a mulher inclusive se submeteu a uma cirurgia de catarata e estava enxergando muito bem após o procedimento. “A gente até brincava que ela estava enxergando demais pela idade dela”, disse o genro, que responsabiliza o clube pelo portão estar destrancando durante a noite. 
Laurides era evangélica, viúva, mãe de sete filhos e antes de morrer participou de outros eventos em família. Segundo os parentes, ela chegou a ir ao clube algumas vezes, acompanhada dos filhos sócios, mas quando eles iam para locais recreativos aquáticos sempre temia pela vida dos filhos e netos. 

NOTA
Em comunicado enviado à imprensa, a direção do clube informou que no momento do acidente um dos espaços do clube estava alugado para a realização de uma confraternização familiar da qual a senhora Laurides participava. 
Ainda conforme a nota, a portaria estava liberada para as pessoas acessarem o local da festa. “No entanto, apesar da área da piscina estar indisponível a senhora Laurides acessou o local por motivos ainda desconhecidos”. O Industrial Esporte Clube finalizou o comunicado dizendo que aguardará o laudo pericial para fazer um novo posicionamento.

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