terça-feira, abril 23

COB e CBF seguem a gastar mais com burocracia que com esporte

José Maria Marin, presidente da CBF, e Carlos Arthur Nuzman, presidente do COBJosé Maria Marin, presidente da CBF, e Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB         Em 2012, as duas maiores instituições esportivas do Brasil, CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e COB (Comitê Olímpico Brasileiro), ganharam, somadas, mais de $ 513 milhões. Caso o número não impressione, é só olhar para a maneira como esse dinheiro é usado para ver que, além do poder, as duas dividem também uma preferência: o gasto em itens de burocracia.

Após a divulgação dos balanços financeiros anuais das duas entidades, o UOL Esporte pediu que dois especialistas em gestão esportiva fizessem uma análise sobre os números apresentados. E as duas conclusões foram parecidas: tanto CBF, quanto COB arrecadam muito e não entregam o suficiente para fomentar o esporte no Brasil.

“Essess valores são fruto da valorização das entidades por conta de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Se fizermos a análise dos últimos anos, desde 2008 a CBF tem conquistado novos negócios. O mesmo acontece com o COB, que após a escolha do Rio aumentou o faturamento, especialmente a partir de 2011.

O que acontece é que as duas entidades são talvez as mais ricas do mundo ao lado de Fifa e COI (Comitê Olímpico Internacional). Isso só acontece porque a indústria do esporte no Brasil ainda é fraca. O grosso do investimento concentra nas entidades nacionais, quando nos outros mercados a verba é mais pulverizada para atletas, clubes, etc”, fala Erich Beting, blogueiro do UOL e especialista em negócios do esporte.
Fonte: UOL

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