Entre os detidos na operação da Polícia Federal no Rio Grande do Sul está o secretário estadual do meio ambiente, Carlos Niedersberg.
Pelo menos 18 pessoas foram presas na manhã desta
segunda-feira na Operação Concutare da Polícia Federal (PF) do Rio
Grande do Sul. A ação buscar reprimir crimes ambientais e contra a
administração pública, além de lavagem de dinheiro. Entre
os detidos estão o secretário do meio ambiente do Estado, Carlos
Fernando Niedersberg, o secretário municipal do meio ambiente de Porto
Alegre, Luiz Fernando Záchia, e o ex-secretário estadual de meio
ambiente, Berfran Rosado.
Segundo a assessoria de imprensa do governador do
Estado, assim que soube da ação da PF, Tarso Genro (PT) imediatamente
decidiu pelo afastamento do secretário Niedersberg. O governador está em
Israel em uma missão de negócios no Oriente Médio.
O advogado de Záchia explicou que seu cliente
foi preso por volta das 6h de hoje e que a prisão preventiva tem prazo
de cinco dias. "Pela tarde vamos no TRF (Tribunal Regional Federal) para
tomar ciência das acusações. Tive contato com ele, mas não temos
ciência das imputações contra ele", afirmou Rafael Coelho Leal.
Em nota divulgada no site da prefeitura
de Porto Alegre, Fortunati determinou o afastamento de todos as pessoas
apontadas na investigação, que ocupem cargos no serviço público
municipal, até o fim do trabalho da PF. "Não se trata de qualquer
julgamento prévio, mas de uma iniciativa para preservar e garantir a
total transparência ao processo”, afirmou o prefeito.
Ao todo, estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e
apreensão e de prisão temporária expedidos pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região. As prisões estão sendo efetuadas nos municípios de
Porto Alegre, Taquara, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Caçapava do Sul,
Santa Cruz do Sul, São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, e em
Florianópolis, Santa Catarina.
Ao todo, 150 policiais federais participam da operação. A
investigação começou em junho do ano passado pela Delegacia de
Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e ao Patrimônio Histórico
(Delemaph) e pela Unidade de Desvios de Recursos Públicos da Polícia
Federal no Rio Grande do Sul e identificou um grupo criminoso formado
por servidores públicos, consultores ambientais e empresários. Segundo a
Polícia Federal, os investigados atuam na obtenção e na expedição de
concessões ilegais de licenças ambientais e autorizações minerais junto
aos órgãos de controle ambiental.
A operação foi denominada Concutare, termo com origem no
latim, que significa concussão. Os investigados serão indiciados por
corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, crimes ambientais e
lavagem de dinheiro, conforme a participação individual de cada
envolvido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário