sábado, julho 27

Cruzeiro quer jogar ‘de graça’

Gilvan exige da Minas Arena mesmo tratamento dado ao Galo, que não teve custos na final da Libertadores

O Cruzeiro vai exigir da Minas Arena o mesmo tratamento dado ao Atlético na final da Copa Libertadores. Ontem, opresidente celeste, Gilvan de PinhoTavares, afirmou que, a partir do clássico de amanhã, contra o Atlético, o Cruzeiro não pagará mais os 70% das despesas do Mineirão nos seus jogos.

A decisão é uma reação ao fato de o Atlético ter disputado a partida contra o Olimpia sem custo nenhum. O contrato assinado pela Cruzeiro prevê que, se outro clube firmar acordo contratual com o consórcio que gere o estádio, a diretoria celeste poderá exigir as mesmas condições. Como, para Gilvan, o Galo foi beneficiado, a Raposa quer o mesmo tratamento. “O Cruzeiro não vai mais, de agora em diante, pagar essas despesas da Minas Arena, porque, contratualmente, nós temos esse direito. Se eles não aceitarem, nós vamos brigar na Justiça”, declarou.

O consórcio teria tentando se explicar, mas Gilvan não aceitou a justificativa. “Eles disseram que isso aconteceu por causa de um acordo com o governo. Clube nenhum pode usar o estádio se não tiver um contrato assinado com a Minas Arena. Para que isso aconteça, para que um clube possa postular as datas vagas, tem que ser autorizado pelo governo do Estado . O governador, então, emitiu o ofício dizendo que a Minas Arena deveria ceder o estádio para o jogo do Atlético. Eu recebi esse ofício, e ele não determinou que a Minas Arena oferecesse condições especiais e deixasse de cobrar as despesas”, revelou o mandatário celeste.

Segundo o edital de concessão do Mineirão, o Estado tem o direito de usar o estádio em até quatro eventos por ano. Foi uma dessas datas que o governo cedeu ao Atlético. Por meio da assessoria de comunicação da Secopa-MG, o Estado justificou a medida, mas não fez qualquer menção à isenção de taxa ou custos. “A partida final da Taça Libertadores da América foi, sem dúvida, um evento de ampla e inequívoca repercussão internacional, além de uma oportunidade singular de promoção do Estado de Minas Gerais... O Estado entendeu, assim, ser pertinente que uma das datas a que tem direito fosse a ela dedicada”, diz a nota.

Apesar do impasse, Gilvan considerou “positiva” a ocorrência dessa diferença de tratamento. “Foi bom para o Cruzeiro. Acho que foi um ato impensado, que gerou um direito para o Cruzeiro, já que esse direito está previsto em cláusula contratual”, concluiu o presidente da Raposa. Já a Minas Arena se limitou a confirmar que o Atlético não teve que arcar com qualquer despesa na final da Libertadores.

Fonte: Jornal O Tempo

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