quinta-feira, agosto 15

Polícia Civil conclui inquéritos e indicia 16 por assassinatos no Vale do Aço


Dezesseis suspeitos que teriam ligações em pelo menos quatorze assassinatos, dentre eles do jornalista Rodrigo Neto Faria e do fotógrafo Walgney de Assis Carvalho, foram indiciados pela Polícia Civil. Os inquéritos referentes aos crimes, que ocorreram em Ipatinga e municípios vizinhos, entre 2007 e 2013, foram concluídos e remetidos à Justiça, na terça-feira (13).
 
Com a finalização dos inquéritos, a Polícia Civil pediu a conversão da prisão provisória para prisão preventiva de Alessandro Neves Augusto, conhecido como Pitote, e do policial civil Lúcio Lírio Leal. As investigações revelaram que Picole teve participação na execução de Rodrigo Neto e Walgney de Assis. No assassinato do jornalista, ele contou com a ajuda de Lúcio Lírio Leal.
 
Outras três pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. As apurações sobre os crimes foram conduzidas pela Força Tarefa Ipatinga, criada em abril deste ano, composta por quatro delegados, três escrivães e 12 investigadores.
 
Entenda o caso
 
No dia 8 de março, o jornalista Rodrigo Neto foi executado a tiros quando estava em um bar do bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do Aço. O repórter era especializado na cobertura de notícias policiais e durante sua carreira denunciou diversos crimes, inclusive envolvendo policiais militares e civis.
 
Segundo a Polícia Militar, ele saía de um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em sua direção. A vítima foi alvejada na cabeça e no peito. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. Os executores fugiram e ainda não foram localizados ou identificados.
 
Já em 14 de abril, o fotógrafo Walgney Assis Carvalho foi morto com dois tiros em Coronel Fabriciano, na mesma região. Ele estava no bar Pesque Pague, no bairro São Vicente, quando foi atingido por tiros na cabeça e na axila. O autor dos tiros chegou no local em uma moto e usava capuz no momento do crime. Após disparar contra o fotógrafo, o suspeito fugiu com um comparsa em uma moto NX preta. A vítima era divorciada e tinha uma filha. Ele também prestava serviço para a Polícia Civil.
 
Os crimes levantaram a suspeita da ação de um grupo criminoso, com a participação de policiais, na região do Vale do Aço e motivou o deslocamento de investigadores da capital mineira para apurar os crimes. 

Fonte: Jornal Hoje Em dia




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