sexta-feira, julho 19

Exército e governo do estado prometem impedir máscaras em Guaratiba


O evento é de paz, mas o aparato é de guerra. A cinco dias do início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), os preparativos para a visita do Papa Francisco estão cada vez mais bélicos, em vez de bíblicos. O Exército prometeu, ontem, barrar a entrada de manifestantes mascarados e com objetos suspeitos — que possam colocar em risco a integridade dos fiéis — no Campo Fidei, em Guaratiba. O esquema de segurança montado para o evento prevê um efetivo de 20 mil homens, incluindo Forças Armadas, policiais civis e militares, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e agentes da Força Nacional. A JMJ acontecerá entre os dias 23 e 28.

Para a missa e a vigília em Guaratiba, 400 militares do Exército, à paisana, farão a segurança do entorno do altar. Outros 800, fardados e sem armas, vão circular em todo o território do campus  para dar segurança aos peregrinos na cidade.


As autoridades estão redobrando a atenção devido aos protestos dos últimos dias. Na última quarta-feira, houve enfrentamento entre manifestantes e policiais no entorno da rua onde mora o governador Sérgio Cabral, no Leblon. Em Laranjeiras, nas proximidades do Palácio Guanabara, já houve, pelo menos, três grande embates. Por isso, segundo a revista “Veja”, a sede do governo estadual será isolada, no dia 22. Nessa data, haverá a cerimônia de boas-vindas ao Pontífice. Estarão presentes a presidente Dilma Rousseff, ministros, convidados de honra e autoridades. O isolamento é para evitar a aproximação de manifestantes.

Nas redes sociais, no entanto, nem o verde oliva dos militares nem o espírito cristão estão conseguindo apaziguar os ânimos. Enquanto autoridades fazem questão de atribuir os incidentes como o de anteontem a “vândalos”, parte da população acusa a polícia e o governo do estado de agir com violência. Na quarta, manifestantes teriam jogado pedras contra PMs. Estes revidaram com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

Segundo o governo do estado, a JMJ contará com a mais complexa operação policial da história do Rio. Haverá um reforço de 7 mil homens da PM e da Civil.

— No Guanabara, o Exército fará a a segurança dentro do palácio; e a PM, no entorno — disse o general José Carlos da Costa Abreu.

Fonte: Jornal Extra

Nenhum comentário:

Postar um comentário