Uma empresária presa por envolvimento na morte de um peixeiro está sendo investigada. Quênia Mara de Souza, de 39 anos, pode ter participado de outros crimes, entre eles um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Ela foi detida em maio deste ano e tem uma ficha criminal de 13 páginas.
Fábio Batista de Melo foi morto a tiros dentro da peixaria da família no bairro Bonfim, região noroeste de Belo Horizonte. Quênia seria a mandante em uma disputa por um terreno no bairro Caiçara. A viúva de Melo conta que as ameaças eram constantes.
— Ela passava na porta, gritava com ele, chamava de vagabundo, bandido, dizia que ia matar ele.
A empresária foi indiciada por homicídio. Ela também já teria cumprido pena no Rio de Janeiro por outro crime. Os executores do peixeiro ainda estão foragidos e a família teme a exposição.
— Já me informaram que é uma quadrilha grande e eu ainda vivo com medo. Mesmo presa eu tenho porque ela acabou com a minha vida.
Latrocínio
A polícia prefere não falar sobre o assunto já que Quênia pode estar envolvida em um latrocínio. No dia 19 de outubro, um caminhoneiro que transportava transformadores de São Paulo para Belo Horizonte foi abordado no Anel Rodoviário.
A carga foi roubado e o motorista assassinado. O corpo dele foi encontrado em Ribeirão das Neves, na Grande BH, sem nenhum documento. A vítima foi identificada e, durante as investigações, a polícia chegou até a empresária, que, mais uma vez, seria a mandante do crime. O executor também está preso.
O equipamento roubado foi encontrado na empresa de Quênia, especializada em comercialização, manutenção e locação de transformadores. A carga já havia sido modificada, mas foi identificada pela numeração.
O delegado responsável pelas investigações não quis gravar entrevista. A viúva do peixeiro não se conforma com a morte violenta do marido.
— É uma bandida, ela tem que ficar presa. Ela não matou só ele, a gente sabe disso.
R7
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