A estudante Patrícia de Almeida Vasconcellos, 22, tentou beijar um dos
policiais militares que formaram um ostensivo cordão de isolamento na
frente do prédio da Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte),
alvo do sétimo ato contra a tarifa do transporte coletivo no Rio de
Janeiro, nesta quinta-feira (27), no centro da capital fluminense.
Destemida, a jovem arrancou sorrisos do policial, que ficou visivelmente
constrangido. Ao UOL, Patrícia afirmou ter tomado essa atitude para
mostrar que os policiais militares fazem parte do "povo explorado".
"De alguma forma, temos que trazer a polícia para o nosso lado. Eles
também são do povo. Um povo explorado e perseguido", disse ela, que é
aluna da Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de
Janeiro). "A luta também é deles."
A estudante afirmou que estava presente em todas as passeatas anteriores
e que chegou ser vítima da "ação violenta" da Polícia Militar na última
quinta-feira (20), quando houve confronto na região da Lapa, no centro.
Na ocasião, dezenas de jovens ficaram presos nos bares que se estendem
pela avenida Mem de Sá.
"Eu vi a polícia perseguindo geral. Eles foram até a Lapa depois que a
passeata acabou, jogaram bombas de gás com as pessoas presas dentro dos
bares", disse. "É por isso que lutamos também pela questão da
desmilitarização."
Fonte: Pec 300
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