Durante protestos no Centro da cidade sete pessoas foram detidas. Houve confusão e tiros de bala de borracha foram disparados pela PM.
Manifestantes e policiais militares entraram em confronto no fim da tarde desta quinta-feira (27), em Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, durante protestos no Centro da cidade. Sete pessoas foram detidas e encaminhadas à delegacia. A PM usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes que tentaram fechar algumas ruas da cidade.
O tenente coronel Wagner Fabiano foi atingido com um porta canudo atirado por um manifestante. A polícia reagiu e disparou dois tiros com bala de borracha. Houve tumulto e muitos comerciantes tiveram que fechar suas lojas. O anúncio feito pela prefeita Elisa Costa de que o valor do preço da passagem seria mantido em R$ 2,20 inflamou os manifestantes que voltaram às ruas.
O primeiro protesto aconteceu na Praça dos Pioneiros onde alguns manifestantes disseram que foram agredidos por policiais. Depois eles caminharam para o cruzamento das ruas Israel Pinheiro e Arthur Bernardes. A PM fez um cordão humano de isolamento e impediu que os manifestantes paralisassem a Israel Pinheiro. Houve discussão entre alguns manifestantes e policiais e quatro foram detidos.
Com a tentativa frustrada de paralisar o trânsito na rua Israel Pinheiro cerca de 200 manifestantes foram para o cruzamento das ruas Marechal Floriano e Peçanha. Durante o trajeto a polícia acompanhou os manifestantes. Alguns chegaram a gritar “chamem os traficantes” e foram vaiados e reprimidos por outros manifestantes que não concordaram com os gritos.
Correria
Alguns manifestantes se sentaram no cruzamento das ruas Marechal Floriano e Peçanha e traçaram planos ainda no local. Eles resolveram seguir pela rua Peçanha, atravessar a rua Israel Pinheiro, mas quando chegaram na rua Bárbara Heliodora a polícia novamente fez um cordão de isolamento. Para impedir os manifestantes a polícia voltou a utilizar spray de pimenta. Alguns tentaram se refugiar em lojas próximas do local. Houve confronto entre policiais e manifestantes. Duas menores foram apreendidas, uma delas de 14 anos.
Wilkerson Caleb de 17 anos estava no movimento e diz ter sido agredido por um policial. “Eu estava no movimento e fui empurrado e xingado por um policial. Eu afastei e mesmo assim fui agredido”, diz Caleb.
O tenente coronel Wagner Fabiano que foi atingido por um objeto falou sobre a ação. “A Polícia Militar apoia toda e qualquer manifestação pacífica, isto faz parte do processo democrático. Porém, não podemos admitir que pessoas, sem uma comunicação prévia às autoridades policiais, tragam prejuízos à coletividade. Quem quiser se manifestar que faça de forma adequada e devida, a exemplo do que aconteceu no sábado (22)”.
Quebra de acordo
De acordo com o tenente coronel o pacto firmado em reunião com líderes dos manifestos na manhã desta quinta-feira foi quebrado já que a polícia não foi informada do protesto realizado durante a tarde.“O protesto desta tarde feriu o que foi acordado em uma reunião na manhã desta quinta-feira onde foi estabelecido que qualquer protesto ou manifesto seria comunicado previamente à polícia. Frisamos que este tipo de manifestação, sem comunicação à PM, não vai ser tolerado”, garante Wagner Fabiano.
Fonte Inter TV dos Vales
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